MNEMEA

No meu joelho, o papel

Espera a vinda da musa

Que vem com idéia difusa

É como tela sem pincel

A inspiração brota em mente

Bem vazia, cheia de marola

E o que meu pensar enrola

Num vai e vem que se sente

Na hora que fica fluente

O pensamento se isola

Como a cabeça demente

Eu teimo e vou para frente

Mas, então pra que cachola

Musa, ao bardo se apresente