E NOS DESPIMOS DE SER GENTE
Esses crimes cruéis afiguram-se para
/ mim como algo
inimaginável, convertem
qualquer conto de horror numa
/ simples história de Fadas
Eles trazem uma coisa pesada
/ e lúgubre que ultrapassa
o Silêncio e é como se o Homem
/ nunca mais não
pudesse ter Fala__ uma asa
/ inexistente, não cortada e
uma flor fenecendo triste e solitária
/ __ no desamor__ Neles
não há algo de Fatal__pelo contrário
/ é o Mal
agido e pensado no impensado Um
/ Amor nunca Grato
um fardo dentro do Fado __ a
Banalidade do Mal...
Sentimo-nos não só vis, mas
/ Inexistentes
e é tão ruim tudo isso, Secas Geleiras
/ numa grande Ferida de Alma__
/ alma que a nós Homens nascesse
pra ser da Vida a Mensagem que se
/ pleniturariza
/ para a Humana Felicidade, tão
/ concreta rica e definida que
/ ultrapassa o essente que ficamos
para o além-aquém da Pobreza__
/ porque
o isso tudo ruim __ desamor elevado
/ ao Sem-Fim
nega __ e nos despimos de ser Gente
/__ todo
o Existente !... ___