Sem direção!
O que fizemos de nós?
Bando ensandecido, carcomido.
Uma vida de soma e muita divisão,
Linda aos olhos, vazia no coração!
Ninhos ornados e bem equipados,
Conforto e total satisfação.
Dias se passam; só no relógio, sem contemplação!
Corrói o tempo na selva de pedra,
Espaço enclausurado de vozes algozes!
Pressa e depressão, angústia e automação,
Homens sem destino, olhares sem fim.
Quanto se perde nos meandros da rotina,
Nos encontros fugazes,
Nas disputas inúteis,
Nas mesas de negociação.
Fomos e não sabemos,
Futuro sem passado,
Presente em vão!