A morte de um sol
De todos os sóis que não surgem, há um triste
Um que não se sabe de onde surgiu, ou mesmo
Fluindo manso, cálido e triste as vezes nasce.
Juventude sincera, mesquinha efêmera existe.
Deixou-se caminhar por onde não havia ruas,
Por onde as pedras não se batiam, diga, quem?
O nome cala e explode na escuridão, casas nuas
Fulgor proibido, incandescente e medonho que vem.
Crês impossível? sabes que sim, Se foi em vão
Está no mesmo lugar. Lua solitária se deita,
As vezes não. Então ressurges sombra no imenso chão
Traços indecisos ante a repulsa saudosa, infame seita.
Se foi. E seremos em vão!