Á chegada do outono
Á chegada do outono
E ai vem tu!
chegando junto as minhas lembranças
quase intorpecidas
levemente esquecidas
dentro de minh'alma
que implora calma
um dia para livrar-se de meu corpo
e das anguistas de amar;
O outono que junto
as cinzas vem a trazer
todos meus pranteares
em folhas que quis esquecer...
E assim chega tu!
manso e calminho
e lentamente padece
caindo aos pouquinhos
como meu carpir que apodrece
suavemente,
como tua brisa,
Elisa, sem nome, nem direção
que atinge levemente meu coração,
que sangra como a estrela de áries
destruindo em clarão
junto aos pesares
de tu outono...
que hoje chega,
mas que nunca se finda.