Nada ainda está perdido.
José Feitosa da Silva
(JFeitosa)
Percorri léguas andando,
De bermuda e alpargatas.
Um pouco d’água caçando,
Para encher minha cabaça.
Riachos que visitei.
Nascentes que procurava.
Solo seco encontrei,
Rachado por falta d’água.
O sol de lá me espiava,
Acompanhando o sofrer.
Nas mãos, seca a cabaça,
Que tinha para encher.
Em cada cena vivida,
Só aumentava o desgosto.
A única gota que via,
Era o suor do meu rosto.
E o vento me assoprava,
Sussurrando no ouvido.
Tenha calma tudo passa,
Nada ainda está perdido!