GLORIOSAS GLORIFICÁVEIS ÁGUAS !...
Às vezes uma mão se coloca por sobre
/ nossa mão e vai
surgindo o Poema
como a descoberta de águas __ o
/ corpo assume
os vários planos como se vestido de
/ uma luz que não sei bem
/ como determinar,
como se nos ausentássemos todo
/ presentes nas dobras do ar
ou algo que o equivalha igualha à
/ Glória toda esplendor de algo
sereno, mas tão sereno __ o pleno
/ concentrado do imenso coração
do Amor...
Descobrimos pra nossa humildade
/ que não são nossos os
poemas __ somos apenas uma
prensa , mas tão sutil e
/ descorporificada que somos
a existência do Nada que criou
/ consciência
um Hino à Vida __ numa luz toda
de toda Inocência
E fluem essas águas, acrescentam ao
/ claro a
noção mais clara, como uma
/ Ciência do
ponto de esplendor de toda a Fala
/ como
os lábios abertos da flor
/ pronunciando
pétalas...
Ser poeta então é ser confiante que
/ fluam essas
águas __ não sendo uma coisa
/ desimportante
se torna apenas uma espera __ um
/ poço que se afina__ antes rouco__
/ para as
águas da Primavera !...
E o Sonho então acorda. O acordar do
/ Sonho traz
mais Sonho__ faz um surgir em meio
/ à Paz...
Um mundo que se completa sem faltar
/ em meio
a muitas gloriosas e glorificáveis
/ águas ...