Asclépio e Caliope

Nos meus delirantes sonhos, eu escolhi Caliope

Doce Caliope, ela me escolheu.

E em monstros desenganos eu me tornei Asclépio

Branco Asclépio, ela não morreu...

A minha alma ainda é coberta pela luz

De um céu cintilante de púrpuras e azuis

Doce Caliope, você me escolheu

E eu rejeitei, eu, barbaro ateu.

Asclépio não ama a lira

Nem contempla a viola

Caliope, como pássaro,

Odeia a gaiola.

Asclépio é apático

Caliope é doçura

Asclépio é fleumático

Caliope é mais pura..

Mas ainda amo a cor

Um inocente amor

Dilacerado e infantil

Desenganado amor.

Mas ainda há esperança

De reencontrar Caliope

Sei que eu, Asclépio

Creio que ela existe...

Um dia em um jardim

Hei de então lograr

E num abraço eterno

Iremos descansar...

Eu e Caliope.

Victor Yomika
Enviado por Victor Yomika em 24/03/2013
Reeditado em 27/08/2019
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