Asclépio e Caliope
Nos meus delirantes sonhos, eu escolhi Caliope
Doce Caliope, ela me escolheu.
E em monstros desenganos eu me tornei Asclépio
Branco Asclépio, ela não morreu...
A minha alma ainda é coberta pela luz
De um céu cintilante de púrpuras e azuis
Doce Caliope, você me escolheu
E eu rejeitei, eu, barbaro ateu.
Asclépio não ama a lira
Nem contempla a viola
Caliope, como pássaro,
Odeia a gaiola.
Asclépio é apático
Caliope é doçura
Asclépio é fleumático
Caliope é mais pura..
Mas ainda amo a cor
Um inocente amor
Dilacerado e infantil
Desenganado amor.
Mas ainda há esperança
De reencontrar Caliope
Sei que eu, Asclépio
Creio que ela existe...
Um dia em um jardim
Hei de então lograr
E num abraço eterno
Iremos descansar...
Eu e Caliope.