Eu

Eu,

Prisioneira que sou,

Exilada no fundo

Do meu ser,

Busco saídas

Na explosão de sentimentos,

Que por pouco

Não implodiram

Valores que ainda

Me restam .

Eu,

Essa alma feminina,

Desnudo a minha vida

Diante de ti.

Não me envergonho

Em te mostrar

Todos os meus medos,

Fracassos e decepções

Causados pela

Minha insegurança

E covardia.

Sim,

Sou fraca

Não obstante

Sentir a ilusão

De que um dia

Fora uma fortaleza.

Vi por um momento

Que minhas armas

Apontavam para fora;

Hoje ao inverso,

Vejo-as voltadas

Para mim...

É a lei para quem

Vive em desvantagem,

Com o tempo.

Pois há um tempo

Para tudo na vida.

"Um tempo para plantar,

E outro para colher"...