Essa é uma tese escrita a três
Ou melhor, a quatro...
Nossa, já nem sei mais
Sinto a leveza da caneta
Como o dedilhar sonoro
Nas cordas de um violão
Ou no tilintar de um piano
Num deslizamento ingênuo
Completamente maravilhado
Com esse novo caminho
Que é o devir agora
Que é a esperança no futuro
Ecos que não param de reverberar
O voo do pássaro
Não chegou ao fim
Ele apenas repousa
Num galho rizomático
Sobre o movimento da vida
Enquanto uma brisa ligeira
Faz suas asas se abrirem
Para o velho e o novo desconhecido
Na imensidão do mar
Onde é abraçado pelo céu azul
Em infinita jornada cartográfica
Vai confundindo-se com a paisagem
Até ficar um ínfimo ponto em nossa retina
O Ovo de Dogon
A gênesis do tempo
O momento mágico
Desse minuto a eternidade
ACCO