Sofia esquizofrênica

Sofia.

Pequena e loira Sofia.

Que antes dizia

Que toda aquela fantasia

Era de dia

Um minuto de agonia.

Ternura não, mas incômodo de azia.

- De noite eu rezaria

- Mas já se foi toda a magia

- Então... o que eu fazia?

- Recitaria poesia.

- Como acontecia?

- Isso só pode ser ironia

- Era simples, eu ouvia

- Minutos de gritaria

- Relaxada, até lia

- Mas quando o sol surgia

- Era como se a alegria

- Fosse apenas uma cria

- E minha desilusão fria

- No final, morreria.