OS ESTILHAÇOS DA SOMBRA DE NÓS MESMO

Olhar os estilhaços, que não há o que juntar,

Não sei o que separar para aproveitar,

Fragmentos das dores, decepções, frustrações,

Olhar para e ver a devastação, impiedosa,

Não há o que contestar apenas varrer,

Limpar o campo minado e recomeçar.

Coloquei meus estilhaços em um saco,

Peguei um transatlântico partir,

Soltei-o em alto mar e lá deixei,

Sei que outros estilhaços virão,

Pois não há antídoto de proteção,

Só há uma certeza, estou pronta,

Fortalecer-me, sem alienação,

Para liberar a leveza da vida,

Os momentos preto e branco,

São passageiros emocionais,

O colorido da vida esta em toda parte,

A natureza multicor nos apresenta,

A fórmula mágica viva a diversidade,

Os estilhaços são adubos emocionais,

Deixo-os se decompor e assim,

Estamos preparando nossa composição,

O bombardeio continua em sua dinâmica,

A diferença é que estou blindada e preparada.

Poesia inspirada no poetrix Retalhos de mim do amigo da poesia Orlando.

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 18/03/2013
Reeditado em 18/03/2013
Código do texto: T4194323
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