OS ESTILHAÇOS DA SOMBRA DE NÓS MESMO
Olhar os estilhaços, que não há o que juntar,
Não sei o que separar para aproveitar,
Fragmentos das dores, decepções, frustrações,
Olhar para e ver a devastação, impiedosa,
Não há o que contestar apenas varrer,
Limpar o campo minado e recomeçar.
Coloquei meus estilhaços em um saco,
Peguei um transatlântico partir,
Soltei-o em alto mar e lá deixei,
Sei que outros estilhaços virão,
Pois não há antídoto de proteção,
Só há uma certeza, estou pronta,
Fortalecer-me, sem alienação,
Para liberar a leveza da vida,
Os momentos preto e branco,
São passageiros emocionais,
O colorido da vida esta em toda parte,
A natureza multicor nos apresenta,
A fórmula mágica viva a diversidade,
Os estilhaços são adubos emocionais,
Deixo-os se decompor e assim,
Estamos preparando nossa composição,
O bombardeio continua em sua dinâmica,
A diferença é que estou blindada e preparada.
Poesia inspirada no poetrix Retalhos de mim do amigo da poesia Orlando.