AGONIA DE POETA
AGONIA DE POETA
O branco é sinal de paz
Quando há ausência de conflito
Mas o branco soa incapaz
Quando no papel não há manuscrito
É uma guerra que o poeta trava
Quando a inspiração não se destrava
Olha para folha alva e clara
E a aflição o desmascara
Fica uma tensão latente
Do versejar impotente
Que leva-o ao tormento
Privando-o da palavra, do alimento
Ainda bem que passa a agonia
Nada como um outro dia
A fuga da inspiração é fugaz
Volta o versejar e a paz