CAMINHO

Viajante eterna dos sonhos que invadem a mente,

Andarilha dos caminhos misteriosos, desafiadores,

Pescadora de almas, que se conectam com o mental,

Com a imaginação e os sonhos do inatingível,

Assim caminho pelo mundo, tateando o invisível,

Buscando na sensibilidade decifrar, entender e sentir,

Toda essa mistura de fantasia e pressentimentos,

Que aos poucos, apenas com a intuição, vou dando forma,

Passando a fazer parte do complexo caminho mental,

Momentos, às vezes, ilógico, mas infinitamente real,

Assim, com docilidade e suavidade desvendo a cada dia,

Um pouco desta alma, exigentemente impaciente,

Que desconhece a leveza do meu mundo e do meu ser,

Com reações de forma imprevista, sem lógica, desconexa,

Às vezes penso ter perdido o caminho a conecção,

Mas sutilmente percebo a sintonia refeita,

Assim o caminho se faz no mundo imaginário,

Que em meu eu, em muitos momentos duvido de ser real,

Para em momento seguinte constatar e acreditar,

Almas especiais que no caminho da vida,

Voltam a se reencontrar na leveza do destino,

Que de uma forma ou de outra terão que se achar,

E neste momento observar o profundo aprendizado,

Que a vida quer lhes deixar, delicadamente,

No encontro da suavidade com o ceticismo,

Aprendizados que só a sabedoria da vida faz acontecer,

Provocando o caminhar paralelo sem a compreensão da razão,

De almas que viverão a mudança sem perceber e sem reação.

Celi Romão
Enviado por Celi Romão em 16/03/2013
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