Céu

Às vezes é tudo tão perfeito,

Olhando aqui de baixo,

Aquele azul intenso que decora o alto,

Tão puro que transpira paz.

Nenhum pensamento me vem,

Ele se ocupa com uma sonoridade magistral,

Solos simples, e uma voz feminina,

Aquela que me vale o dia.

Por poucos minutos eu ganho a vida,

E meu corpo se acostuma com o desenho do chão,

Que me acolhe como quem acolhe um filho,

E me nina com os acordes do vento.

Devagar o sono vem sorrateiro,

Com ele trás os sonhos rotineiros.

Desfalecendo-me e tornando tudo homogêneo,

Tornando-me parte de algo realmente verdadeiro.

Fábio R Jorge
Enviado por Fábio R Jorge em 13/03/2013
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