IMENSO MUNDO
E no meio do peito trazia um peso
Como se a alma pudesse sentir
E cansavam as suas pernas
Que andavam e andavam em busca de alívio
Mas, os passos pareciam-lhe poucos
Incapazes de conseguir...
Como se o corpo não suportasse
Impotente
Diante do imenso mundo
Os olhos
Olhavam, olhavam, olhavam...
E não alcançavam o que queriam ver
Como se tudo fosse demasiadamente grande
E ao mesmo tempo infinito
Diante de tudo que existia ali
E o tempo ecoava
Como um vento
Trazendo sempre o mesmo sentir
O mesmo pesar
Que mesmo ouvindo a música
Sentido a poesia
E dançado... rodando todas as voltas da ciranda
E andado todas as ruas e visto todas as praças
Sentisse que os pés não saíssem do lugar
E trazia no meio do peito sempre este pesar
Como se a alma pudesse sentir
E uma lágrima serena escorria
Lembrando do imenso mundo que existia bem ali
Querendo sempre mais
Esperando para ser vivido
Fernanda A. Fernandes
12/03/2013