Porcelana
Quebrei uma xícara
Lembro dos cacos
Das rachaduras
Das horas
Tudo tinha desenho
Formas flores cantos
Foram pinturas se perdendo
Marcas apagadas
Se corta com a louça
Que esteve firme
Ela agora não faz bem
Ela agora pode ferir
Tem corte de navalha
Que o sangue macha o branco
Não é mais sensível
Agora é fria, ríspida
Vi meu futuro
Minha atitude
Meu deixe de lado
O que me trouxe de mais raro.