LEMBRANÇAS ÍNFIMAS...
Cremem o meu corpo,
E sejam cinzas,
Cremem as cinzas desse corpo,
Até não restarem mais resquícios.
E que o fogo atinja o âmago
Dessas lembranças,
E que a fumaça desses ossos,
Desse corpo,
Una-se a brisa,
Que atravessa as estações.
Cremem a poeira desses ossos,
Para que a última lembrança de mim,
Sejam tardes de outono;
Noites de inverno;
Luzes primaveris;
Oh, nas chuvas de verão.