AFINANDO O INSTRUMENTO VIDA
Sem percebemos criamos coraças, máscaras,
Uma espécie de segunda pele com aspereza,
Um belo dia percebemos quão pesados são,
Hora do momento serpente, mudar a roupagem,
Vislumbrar a paisagem, segui viagem,
Outras couraças virão que venha leve,
Colorida como a brisa da primavera,
Cada amanhecer é único afinal,
Tem sua própria digital, seu aroma,
Cada hora que segue tem seu brilho,
Os acontecimentos em nossas vidas,
Tem aroma, brilho, tom e até sabor,
Tudo depende da forma que conduzimos,
O aroma pode ser terrível, insuportável,
O brilho enegrecido quase apagado,
O tom pode ficar desentoado,
O sabor pode ficar amargo e azedar,
Ou pode ser tudo o contrário,
O aroma ter o perfume da brisa,
O brilho do sol nascendo aquecendo,
O tom pode segui o ritmo do coração,
Repercutir na sintonia da alma,
O sabor pode ser da infância adocicada.
A busca do ponto de equilíbrio,
Deve ser uma constante, incessante.
Ao percebemos o instrumento vida,
Tomando propriedade de nossos rumos,
Iniciamos ai o processo de afinação.