AFINANDO O INSTRUMENTO VIDA

Sem percebemos criamos coraças, máscaras,

Uma espécie de segunda pele com aspereza,

Um belo dia percebemos quão pesados são,

Hora do momento serpente, mudar a roupagem,

Vislumbrar a paisagem, segui viagem,

Outras couraças virão que venha leve,

Colorida como a brisa da primavera,

Cada amanhecer é único afinal,

Tem sua própria digital, seu aroma,

Cada hora que segue tem seu brilho,

Os acontecimentos em nossas vidas,

Tem aroma, brilho, tom e até sabor,

Tudo depende da forma que conduzimos,

O aroma pode ser terrível, insuportável,

O brilho enegrecido quase apagado,

O tom pode ficar desentoado,

O sabor pode ficar amargo e azedar,

Ou pode ser tudo o contrário,

O aroma ter o perfume da brisa,

O brilho do sol nascendo aquecendo,

O tom pode segui o ritmo do coração,

Repercutir na sintonia da alma,

O sabor pode ser da infância adocicada.

A busca do ponto de equilíbrio,

Deve ser uma constante, incessante.

Ao percebemos o instrumento vida,

Tomando propriedade de nossos rumos,

Iniciamos ai o processo de afinação.

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 24/02/2013
Reeditado em 24/02/2013
Código do texto: T4156785
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