Das Chamas, Brasas
Ao nascer do sol,
Um sentimento contagiante,
Acredita-se na luz,
Como fazedor de cada instante.
E quando a noite deslumbra,
A moça que passa no cais reluzente,
Com sua pele brilhante,
Muitos são os olhos da escuridão,
Que se ascendem com excitação voraz.
E ao grito de zumbis enternecidos,
O eu se torna foragido,
Enquanto o nós cai em sussurros,
Numa rede de palha,
Que suporta além dos ventos,
A doce batalha do próprio nós amante.
Quantas, tantas vezes,
O sonho fez andar a carruagem,
E os sapos não se tornaram homens,
Mas se tornaram reis.
Ao começo dessa simples poesia,
O instante foi criado pelo que se chama de guia,
A luz,
E são por esses instantes preciosos,
Que as chamas se apagam,
Transmitindo as brasas ascensão.
Talvez não seja possível ouvir,
O calor, a energia tende diminuir,
E o encanto das cores não será tão visível,
Mas permanecerá dentro de uma atmosfera,
Que só depende de cada um cultiva-la.
Então quando as chamas se apagarem,
Não deve haver desespero,
Brasas restarão,
Oh Deus obrigada!
Porque brasas restarão.
CarlaBezerra