Das Chamas, Brasas

Ao nascer do sol,

Um sentimento contagiante,

Acredita-se na luz,

Como fazedor de cada instante.

E quando a noite deslumbra,

A moça que passa no cais reluzente,

Com sua pele brilhante,

Muitos são os olhos da escuridão,

Que se ascendem com excitação voraz.

E ao grito de zumbis enternecidos,

O eu se torna foragido,

Enquanto o nós cai em sussurros,

Numa rede de palha,

Que suporta além dos ventos,

A doce batalha do próprio nós amante.

Quantas, tantas vezes,

O sonho fez andar a carruagem,

E os sapos não se tornaram homens,

Mas se tornaram reis.

Ao começo dessa simples poesia,

O instante foi criado pelo que se chama de guia,

A luz,

E são por esses instantes preciosos,

Que as chamas se apagam,

Transmitindo as brasas ascensão.

Talvez não seja possível ouvir,

O calor, a energia tende diminuir,

E o encanto das cores não será tão visível,

Mas permanecerá dentro de uma atmosfera,

Que só depende de cada um cultiva-la.

Então quando as chamas se apagarem,

Não deve haver desespero,

Brasas restarão,

Oh Deus obrigada!

Porque brasas restarão.

CarlaBezerra

Divina Flor
Enviado por Divina Flor em 21/02/2013
Reeditado em 22/07/2020
Código do texto: T4152077
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