Estamos aqui sustentados por uma folha de papel

Estamos sempre por um fio

Prontos pra por tudo a perder

Mas confiamos tanto na sorte

Confiamos que somos muito melhor do que somos

Esperando seu tempo no carrocel acabar

Fingindo ser zelosos com a vida e como que ele trás

Mas temos a delicadeza de mamutes azuis

Enquanto cremos que a terapia e o amor salvarão o mundo

As juntas dos joelhos nos dizem o contrario

A flacidez da pele nos entrega

Nunca seremos tão bons

Pois se pudéssemos matar mataríamos

Mataríamos o mal educado, o estuprador,

O politico e o puto do porteño.

Mataria fácil quem escondo atras do espelho.

Por de trás daquela manta pesada

Eu tenho um puta medo daquele rosto

Tenho medo de como ele se projeta em você.

E de como você desempenha lindamente esse papel

Fizemos por merecer cada cicatriz

Cada lembrança que nos tira o sono

Somos bem piores que nossos algozes

Faríamos bem pior.