LUZ TODA INDIRETA
Logo de manhã um pássaro de belas
/ penas nos acordasse
com o dia num só gorjeio
E chovesse flores e o sol fosse
/ seu perfume
Declarada a janela abrisse para o dia
os postigos concretos taramelados
/ de eterno
de tal forma que segurássemos a
/ Felicidade como
as borboletas que o céu segura
e viéssemos das suas asas todos fartos
/ de voo
só pra sorrir...
O espelho aberto tanta luz não
/ nos veria seríamos outros
e repousaríamos em concha as mãos
/ dando água aos pássaros
que repartiriam suas asas por dentro
/ da casa
do sempre esperando o silêncio que à
/ fala _concreta..._
por uma luz ( toda ) indireta...