Arretado ao Quadrado

Fico me cobrando, quando grito.

Quando, profundamente, me irrito...

Mas, o azul do céu também se transforma,

E se transtorna,

Em tempestade.

Nem por isso, perde sua credibilidade.

Sua essência é azulada.

Sempre que possível: apaziguada.

Para quem não concorda

Com quase coisa alguma,

Por se enquadrar em ala nenhuma,

Chega uma hora

Que é preciso escorrer,

O que não foi possível dissolver...

Até mesmo para corrigir

O que insisti em ruir.

É-me um desprazer imenso.

Um desconforto intenso,

Total,

Visceral!

Infelizmente, por vezes, necessário,

Para que o estabelecido deixe de ser tão arbitrário.

É o último recurso,

Hei de conseguir me elevar ao seu desuso.

Nunca mais! Nada me paralisará em um canto,

Sufocando no próprio pranto,

Enquanto a ignorância gorjeia

E, aos lares, desnorteia!

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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 20/02/2013
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