NO LIMITE
Teu silêncio dilacerando minh’alma
Farpas da incerteza e dúvidas
Perguntas sem respostas
Inquieta a ansiosa calma
Embaralham-se as letras
Gaguejam as palavras
No passado já não cabem...
As lembranças... Recordações...
Ocupando o espaço transbordam
O futuro um enigma... Incógnita indefinida
O presente é o que temos!
Uma linha fugaz... Tênue... Efêmera
Por favor, Não desperdice o agora.
Os ponteiros estão girando!
Nada fica eternamente parado
O tempo não espera a hora anda com pressa
Façamos acontecer o momento
Nem sempre quem espera o desejo alcança
Na fronteira dos limites
A vida não tem hora marcada
Pra se encontrar com a morte.
A única exatidão que temos!
É certa! Desde o momento que nascemos
A paciência debruçando-se cansada
Mágoas! Afogadas em taças etílicas
Na penumbra dos bares! Solidão abraça a fumaça
Paixões! Impostoras avassaladoras... Espertas!
Batendo nas portas desavisadas...
Sem as trancas do amor!
Abrindo-se dão pouso... Guarida!
A noite do tempo é passageira
A lua tem suas fases é uma alma feminina
Fazendo seu feitiço e magias!
Amantes perdem o encanto ao clarear o dia
Príncipes viram sapos...No desalento cai a’lma.