Velhas palavras

Hoje eu tive um dia de leitor de mim

Revivi palavras antigas, alguns momentos

idéias que nem mesmo faz sentido.

Será que agora eu vou ser ouvido?

Conceitos esquecidos outros adquiridos

Um pássaro no ninho em um jardim florido

Me encontrei perdido entre inacabados contos

Uma criança grande no poema eternizado

Eu li também palavras de alguns amigos

A Via Láctea, um oceano, o céu em chamas

daquele pranto que transformou em texto.

Até chorei de rir do meu primeiro beijo

O meu desejo, o proibido amor que já se casou

Ao saber de sua vida me alegrei, com a melodia

que cantei sobre um futuro que não existiu.

Obscuro, nem mesmo enxerguei o tempo

Forte soprou o vento, folhas secas pelo chão

Mas nem uma folha cai sem a vontade Dele,

mamãe quem disse. E agora? Quem vai me falar?

Existe ainda algo a ser dito, o destino não me é traçado.

Palavras, do silêncio surgem em bom tom na mente

como o grave de um contrabaixo no cair de uma canção.

É quase imperceptível, mas realça o compreendido

que mergulha fundo neste mar de notas, “revalorizando”

outra velha e pobre poesia sem ter um final esclarecido.

Willian C Martins
Enviado por Willian C Martins em 18/02/2013
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