VIDA
VIDA
Minha vida não é minha
Não sou dono da folhinha
Nasci sem querer
Morrerei sem querer
Não tenho a menor idéia
Do que vim fazer aqui
Tudo que dizem é panaceia
A incerteza é daqui
A passagem é uma saga
Que é muito vaga
Pois pode ser interrompida
Sem jamais ser esclarecida
Uns ficam por bom tempo
Outros por pouco tempo
A razão se desconhece
E nunca se esclarece
Mas já que aqui estou
Nada mais me restou
Vou fazer essa romaria
Com amor em demasia
Assim quem sabe
Esta estadia
Não se acabe
Num dia sem alegria