DESAPEGANDO TRAPOS, FIAPOS E FARRAPOS.
Desnudo-me da minha pureza,
Desnudando assim as incertezas,
Desnudo-me da minha tristeza,
Desnudar é meu escudo,
Grito agudo, desnudo minha alma,
Desprovida sinto arrepio sombrio,
Busco minha colcha de retalhos,
Entre um pranto e desencanto meu descaso,
Na ponte da vida atirei meus Desapontes,
Aliviada, desnudei resentimentos,
Desvencilhei, Trapos, fiapos e farrapos,
Desfragmentei meus cacos emocionais,
Triturei transformei em pó, no horizonte joguei,
Nada restou, juntei cavei um buraco e enterrei,
Desapegar dos cacos é renovar a esperança,
Esgotar para renovar, depois renascer e aprender,
Há luz no final do túnel, sigo minha busca,
Arrumei as malas e parto para novas aventuras,
Na bagagem, experiências vividas,
Expectativas foram amadurecidas,
Na bolsa de mão as emoções e meu coração,
Seguro firme sinto frio, meu casaco me aquece,
O trem chegou estou partindo deixando para trás,
Meus desapegos, Trapos, fiapos e farrapos.