DESAPEGANDO TRAPOS, FIAPOS E FARRAPOS.

Desnudo-me da minha pureza,

Desnudando assim as incertezas,

Desnudo-me da minha tristeza,

Desnudar é meu escudo,

Grito agudo, desnudo minha alma,

Desprovida sinto arrepio sombrio,

Busco minha colcha de retalhos,

Entre um pranto e desencanto meu descaso,

Na ponte da vida atirei meus Desapontes,

Aliviada, desnudei resentimentos,

Desvencilhei, Trapos, fiapos e farrapos,

Desfragmentei meus cacos emocionais,

Triturei transformei em pó, no horizonte joguei,

Nada restou, juntei cavei um buraco e enterrei,

Desapegar dos cacos é renovar a esperança,

Esgotar para renovar, depois renascer e aprender,

Há luz no final do túnel, sigo minha busca,

Arrumei as malas e parto para novas aventuras,

Na bagagem, experiências vividas,

Expectativas foram amadurecidas,

Na bolsa de mão as emoções e meu coração,

Seguro firme sinto frio, meu casaco me aquece,

O trem chegou estou partindo deixando para trás,

Meus desapegos, Trapos, fiapos e farrapos.

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 18/02/2013
Código do texto: T4146031
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