INSUMO

Só envelheci a casca...
No sumo continuo criança,
coração de estudante
cada passo na dança...
(Por sob a casca!)

Insumo intacto
absorvi os impactos,
absolvi os maus atos...
Perdoei os mal tratos...
(De fato!)

O meu mim ninguém tasca!
No meu interior sempre fui assim
E assim permaneço invicto...
Quem duvidar... Haja enrasca!
(Eis o meu verdicto!)

Seguir o caminho
que o destino na vida traçou
sem ter medo do enredo
escrito pra mim, pra eu seguir...
(Pra não ser um engano ledo!)

Em matéria de prosseguir
eu sempre só soube ir
sem saber voltar...
A não ser pra respirar e novamente seguir...
(No caminho sem fim!)

Nos tempos de golpes fiz revolução,
cacei-me na alma e no coração...
sem cansar, nem desistir...
Eu, caçador de mim cheguei aqui!
(Podem aplaudir!...)

E nas crises
engatei a prise...
Nas cicatrizes
sequer cirurgizei...

Chorei,
nas lágrimas escorreguei...
Até caí...
Mas, levantei!... Levitei!
(Nunca esquecerei!)

Engoli a seco o choro
cantei em coro
comigo mesmo
sem pedir socorro!

Enfim,
quando dei por mim
a fé me fez assim forte
como o trinar de um bem-te-vi... 

Das cinzas ressurgi, e...
Amei! Amei! Amei!
Sempre amarei!
Faço-me assim, fluir...
(Enfim, optei!)

Sem amarras e com garras
vou de porto em porto,
enquanto não tiver morto
e quando eu me for...
(Jamais serei absorto!)

Minha obra está ai
pra não me desmentir!
Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 15/02/2013
Reeditado em 16/02/2013
Código do texto: T4141325
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