Eu mar de mim
sal de mim
marés de mim
lágrimas que verto e absorvo
eu água e areia
eu ilha no nada
eu só de mim
diante de mim corro
a mim a mão estendo
por mim mesma chamo
comigo me calo
em meu colo me embalo
eu frágil leito
miúdo cascalho
doce rio correndo
doce rio correndo
em mim me afogando
mas renasço sorrindo
além dos
cercos de silêncio.