MINHA CRUZ!
Não sou pedra de cachoeira,
Nunca fui santo nesta vida...
Não sou água de corredeira,
Nem poderei curar sua ferida!
Sou homem simples e sacrificado,
Que sempre será assim abençoado...
Mal não falo e nem mando recado,
Porque creio sim, no Ser Santificado!
Não sou crepúsculo nem serei aurora,
Sou a seiva da brisa, o cheiro do jasmim...
Não sou segundo, minuto e nem a hora...
Sou apenas o que o tempo quer de mim!
Não sou prata, ouro nem diamante,
Sou da água, o puro sabor do vinho...
Sou da terra, argila e aglomerante...
Não sou trilha, nem serei o caminho!
Simplesmente, sou um mero cidadão
De punhos firmes a levar minha cruz...
Sou como ente, um nobre de coração
De acolhidos olhos, aos Olhos de Luz!
Autor: Valter Pio dos Santos
Fev-2013