as fichas sujas sob o tapete

A justiça erra por aí, mendigando migalhas,

Não a reconhecem, dadas suas vestes rotas;

Prende o Tio Patinhas e liberta os Metralhas,

Mentira, de baldes, verdade de conta-gotas...

Até mostra seu zelo após grandes tragédias,

Onde parece querer todos os pingos nos is;

em geral é nebulosa, como a Idade Média,

aliás, parece ressuscitar a cegueira infeliz...

Trazendo consigo a antiga bacia de Pilatos,

fomenta a guerra sob os discursos da paz;

para forçar armistício entre cães e gatos,

no congresso, entrega a coroa a Barrabás...

As fichas sujas todas, debaixo dos tapetes,

Perdeu essência, mas, mise em scene, faz;

dando direitos a quem deveria dar, caçête,

os sagrados direitos humanos dos animais...

Os que foram detidos fora do convívio social,

Tocam fogo na sociedade que os aprisiona;

O homem de bem, cercado, e livre o marginal,

O principal coroado, é precedente que abona...

Andar contra o curso requer uma força maior,

E falta muita água para poder elevar a eclusa;

O carnaval até exibe o poderoso martelo de Thor,

Enquanto a real petrifica, como olhar da Medusa...