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FRAGILIDADE

Ysolda Cabral 
 
 
Fragilidade há no orvalho,
Sob o Sol da manhã.
 
Fragilidade há na noite escura,
Sem pirilampos e sem Lua.
 
Fragilidade há no banhista,
Que não respeita o Mar.
 
Fragilidade há no doente,
Sem família e sem plano de saúde.
 
Fragilidade há naquele que possui muitos tetos,
Quando nega um simples abrigo.
 
Fragilidade há naquele,
Que nega um pão ao faminto.
 
Fragilidade há na velhice,
Sem aposentadoria digna.
 
Fragilidade há no menino de rua,
“alimentado de pedra”...
 
Fragilidade há na Flor,
Abandonada num canto qualquer.
 
Fragilidade há no bem-querer,
Quando não é amor.