Três visões de um mesmo carnaval

Todo carnaval tem suas histórias de amor

Arlequim, Colombina e Pierrô

relatam o caso de suas perspectivas...

ARLEQUIM

Jorge Linhaça

Arandú, 29/07/2005

Quanto riso e alegria

Quantas noites sem fim

E vejam só que ironia

Acabei como Arlequim

Em meio ao salão da vida

Choro minha Colombina

A minha paixão perdida

Em minh’alma combalida

Como amor de carnaval

Vira cinza na Quarta feira

Nosso amor chegou ao final

Como se fora só brincadeira

Arlequim sem Colombina

Refém de uma saudade

Vivo a minha triste sina

Vagando pela cidade.

COLOMBINA

Jorge Linhaça

Arandú, 29/07/2005

Fui embora com o Pierrô

Abandonando meu Arlequim

Mas ele nunca me amou

E a paixão chegou ao fim

Foi sonho de carnaval

Paixão de pura folia

Troquei o bem pelo mal

Agora restou a agonia

Do Arlequim envergonhada

Fujo qual diabo da cruz

Não pode ser por ele amada

Quem qualquer outro seduz

E nas estradas incertas

Vivo a minha solidão

Sem alegrias completas

Sem poder viver de paixão.

PIERRÔ

Jorge Linhaça

Arandú, 29/07/2005

Na festa de carnaval

Colombina encontrei

E dos braços do rival

Sedutor eu a tomei

Foi paixão anunciada

Amor à primeira vista

Mas depois de uma noitada

Perdeu a graça a conquista

A paixão por Colombina

Logo teve pois seu fim

Ela não mais me fascina

Fique pois com o Arlequim

Sou fantasia passageira

Vestido como pierrô

Numa vida aventureira

Coração que jamais amou