Reflexão
Reflexão
Arvores perdem suas folhas
Bancos ficam vazios nas praças.
O mar ora revolto se acalma.
Aves cessam o voo.
A noite cala.
Alma inquieta observa tudo.
O dia se agita na cama, se apruma aos primeiros raios de sol.
Eu me recolho.
Uns correm como se tudo fosse perder.
Debatem-se e se batem por tudo.
Arranham-se sem saber, se ferem sem querer, por querer.
Matam-se ou morrem.
O olho, atônito fica.
A observar tudo que se passa, calmamente.
O que há de ser será.
As arvores tornarão a florir.
Os bancos ficarão cheios de sujeiras.
O mar continuará se chocando contra as pedras.
As aves farão seu voo
Da alma inquieta, cinzas ao mar.
Assim é assim será para todo o sempre.
Ninguém percebe o som do silencio
Ninguém vê o que fica atrás das partas
Prantos nas horas mortas.
Amantino Silva 20/12/2012