TEUS OLHOS
Não desvie...
Das aberturas das clareiras!
Nunca confie...
Nas vísceras das ladeiras!
Jamais recue...
Teu aguerrido peito à luta!
Nem recuse...
A pedra no leito da labuta!
Abrolhos...
Vê-se nas cavidades do véu!
Teus olhos...
Vestem a imensidão do céu!
Com posses...
De lampiros lançados à noite!
Compasses...
Constelando fatos sem açoite!
Para viver além...
Do extremado consenso da rua!
De lucidez zen...
Ao encontro do encanto da lua!
Autor: Valter Pio dos Santos
Fev-2013