FUNERAL DA MÁGOA

Passei dias velando a tristeza

Minh ’alma chorou suas lágrimas

Preciso agora enterra a dor

Celebrar o funeral da mágoa

Há tanta vida lá fora!

Convidando a festejar...

A tristeza já pintou sua aquarela

Quero agora a têmpera da alegria

Vou vestir-me com a felicidade

Colocar o chapéu da esperança

Passear de mãos com a vida

Espalhando o meu sorriso.

O tempo tem seu próprio tempo

Tudo passa... Passa... Passará

A vida é efêmera como o voo das borboletas

Não vou desperdiçar nenhum segundo

O ontem já é passado!

O futuro só Deus saberá...

Vou desembrulhar o pacote do presente

Que o Divino generoso me dá.

A nuvem umbrosa vai se dissipando

Diluindo-se na bebedeira do céu azul

Serei como a flor que brota no asfalto

Buscando sempre a claridade!

Do meu caminho arrancar as ervas daninha

Serei como a grama! Por mais pisada que seja...

Sempre nasce verde... Viçosa... Renovada

O formoso girassol! Sempre olha para a luz.