VAGÕES DA ESPERANÇA
Às vezes na vida tal era o desespero
que esperei passar os trens longos
/ cargueiros a baixa velocidade
/ ritmada pelos dormentes,
/ pelos trilhos infinitos
/ batentes batentes
e me joguei
num vagão vazio
Geralmente o céu era de tempestade
só iluminado pelos corisco dos raios
e a luz teimosa da esperança!...
Que paisagens talvez novas_ acharia_
/ naquela longa curva que abre
/ as planícies do dia concreta
/ esperança mais verdes vales
/ de recomeço
O trem corria
a ampla janela da porta do vazio
/ aberta
mostrava tempos novos, árvores
floridas e com renovos __ e a paz das
/ aldeias onde tocam
sinos.
Os sinos persistentes que falam
/ de uma outra vida e
Felicidade!...
Pra onde iria__ só por dentro
/ a esperança do dia
num som de amplitude enorme
/ no coração batendo batendo...
( batia todas as certezas __ Assim a
/ esperança que é flor para uma toda
/ inteireza !...)
E o trem...correndo...correndo !