Serenatas e refazendas

Seguiu o tempo como segue a toada

pois os relógios nunca envelhecem

A vida entoava uma charada lerda

e os passos eram breves

Se quisesse pedir ou ocultar,

verdade que não podia chamar seu nome

não ainda.

Seus ombros largos,

fora do alcance do meu padrão oficial

seu perfume almiscarado

longe à realidade do meu truque genial

para fazer de mim seu talismã de vidro

Se eu sentasse em alguma calçada e esperasse

o sol bater

Se eu batesse em alguma porta e pedisse

por oração

Se eu rezasse o pai-nosso

não por obrigação

Você pediria minha mão?

Juntos dormiríamos em uma cama vesga

para acertar a encomenda

do tecido para uma festa de gala

onde dançaríamos

serenatas

e refazendas.

Thai
Enviado por Thai em 24/01/2013
Código do texto: T4102213
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.