Ilha da fantasia
A ilha da fantasia do imaginário popular,
Oculta o baú da independência financeira;
Muitos mapas pretendem mostra o lugar,
E a plebe corre, sem pejo, dando bandeira...
Que a grana fácil pose de gostosa essa puta,
Não sonho com herança, benesses, loteria;
Ora sou gajo adestrado pronto pra luta,
Que mal tem em matar um leão por dia?
Sei bem do sonho louco de filhos e da filha,
De fazer a dependência escorregar no quiabo,
Aí romperão presto as cordas da família,
Para caírem nas malhas fartas do diabo...
Sem demanda impera apenas o fácil prazer,
Mas, mesmo esse, se demasiado enfastia;
Na falta de algo decente para se fazer,
Muito filho de papai sai fazendo porcaria...
Já pensou, um golpe de sorte assim do nada,
Como numa loteria acumulada ela chegar,
Junto com o tédio de Alexandre, o Grande,
Por não ter mais nada para conquistar?
O peso de cada dia meu ombro aguenta,
O Pai não me deu cruz desproporcional;
Deu-me o milho, a terra, eu faço a polenta,
Que a fantasia engane trouxas lá no carnaval...