Intempéries poéticas
Em branco estavam meus pensamentos
Nenhuma linha tecida se quer escorria de mim
Buscava respostas e inspiração a todo momento
Uma sede de escrever e uma vontade se fim
Transbordar-me em versos e preencher este vazio
Diálogos intensos e externos a min’ alma pedia
Naveguei e mergulhei tão longe de mim horas a fio
Para matar esta sede que me deixara totalmente vazia
Contemplei profundamente todas as belezas naturais
Busquei as ondas do mar revolto e as águas perenes dos rios
Meus versos adormecidos não despertavam nem davam sinais
Num lampejo meus olhos sentiam um enorme imenso alivio
Versos mais que diversos eclodiam reluzentes a minha frente
Iluminando e acendendo uma imensa chama ao meu redor
Rimas, estrofes, mesclavam-se em mim esplendidamente
Inspirando-me e me fazendo sentir de novo um Ser maior...