A FONTE DA ESPERANÇA
Arrepios, calafrios, vazios.
Dou rodopio, estou por um fio.
Frio sombrio assobio para o desafio.
Medo do desatino, do destino.
No monte a água jorra sem parar,
Um quadro de beleza e vida,
Os pássaros com sua cantoria,
A queda d’água é a melodia.
Sinfonia natural, agora a brisa,
Que surge suave e harmônica.
Vazio agora preenchido de frescor,
Amora do amor pela vontade de viver,
Não adianta sua dor, a vida segue,
A dinâmica de cada dia é única.
A natureza nos dá lições de vida,
Parar e se harmonizar com as escolhas,
Arrepios, calafrios sinalizam cautela,
O destino é conduzido pelos atos assumidos.
Medo não é covardia é prudência,
Coerência evidencia paciência,
Na inocência de uma aparência frágil,
Pode esconder a violência contida.
Guardada por conveniência,
Volto ao monte e vejo o horizonte,
Sei que ainda preciso vencer a ponte,
Para encontrar a fonte cristalina,
Diamantina que acolherá a menina.
Hoje em devaneios, anseios,
Mesmo com receios chega para o passeio,
Buscando o encontro com a paz,
Roubada, saqueada, cansada pede trégua,
Sabe que a luta é grande então descansa.