Infância
Ainda no passado aquele que foi
Não tão distante do que é.
A aparência pálida que transcorri
Abdica a inocência que deveria carregar.
O peso incólume de coisas ofuscante
Sonda aquém deveras ser livre.
Talvez por conta do “destino” tão ileso saiu
Deste banquete indesejável por todos.
Ainda nas costas o peso amargo da solidão
Que periodicamente insiste em ficar.
Assim cresce e cresce...
Não somente no físico aspecto
Mas nas ideias transcendentais...
Tal sensibilidade o abraça
Em todas as horas oportunas
Meio que um infortúnio
Essa posição pela qual ocupas.
O oculto ainda fala por si
E a cor da transparência convence
Mais do que as palavras.