Boca da noite
Os ombros doloridos de um palhaço gentil
Tinha um balde apinhado de água escura
Com algumas florezinhas que caia das árvores,
De tanto se equilibrar num bocado mundo de vida.
O balde tinha uma cor palhaça risonho estranha
Mas encantadora, de um cingido revolto brilhante,
Pincelado pelas artes de um arteiro artesão da
Macedônia, o palhaço gentil tinha no peito.
A triste agonia dos mancebos do campo
Os que se encontravam em seca, sem gorjeio,
De alguma chuva de um céu que está logo ali
Renitente em cima dos nossos pés-cabeças.
O palhaço gentil carregava peito nos ombros
O balde nos seios, um teto no chão, a melancolia,
No crepúsculo vazio lugar; o palhaço gentil é,
Hilário cantarolava vendo o dia apagar.