Depois de Tudo

Sem mais a acrescentar e a adquirir,

O Homem acaba assim, como quis;

Meio ao mundo e no final de tudo,

Pensativo, incompleto e insatisfeito.

Logo faz o que sempre fez, e por vez,

Acaba por acabar sem tentar, sem arriscar.

A dor ainda é boa, divina, machuca e faz ferida.

O Homem acaba sem graça, sofrido e incompreendido;

Arruma paixões mentirosas, esquece quem foi.

Natural ordem das coisas, no final são todos iguais

Um resto sem muito uso, consumista e ignorante.

Por mais que reflita, o presente lhe mostra

a imperfeição das suas atitudes, o caminho traçado.

O Homem acaba, mas ainda vivo e como uma arvore;

Parado, imóvel, pensativo.

Perplexo por reconhecer onde está, familiarizado.

Triste por saber que tudo foi feito por ele mesmo...

Conquistou o que menos apreciava;

O holocausto dos pensamentos, a morte da vida

Por assim dizer... a solidão!.

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