Dias secos, morte súbita!
O olho pisca ao peso da gota que arde
vibram os sonhos no suor carregado de dor
Fermenta a alegria de um lugar maculado
pela fome, pela sede, pelo clamor do desencanto.
A corda é lançada...
O poço acorda!
Ao sabor do dia a quente ternura
sacoleja nas rodas do pau-de-arara
e, frias, as pedras dançam e gemem
Do solo "dos cariris" a fé acorda a coragem
Dialoga com o animismo vibrante
alojado no coração daquele sertanejo.
Ao norte a corda estica os rios do sol...
a estrela se põem na secura dos leitos!