Lendo um velho livro de poemas


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Ah, tanta asneira escreveu o poeta!
Sua vidinha parecia tão sem graça
tão sem o brilho e a beleza etérea
da poesia amorosa
tão sem a paixão incontida
dos que adotam uma causa

Mas como me enternecem
e encantam essas santas asneiras!
Como me alegram seus pueris
pensamentos
sua doçura e compaixão
com as asperezas da vida!

Leio e fico sonhando...
"quando eu me chamar
saudades"
seria bom que alguém
também lesse as
minhas asneiras com
complacência  e,
quem sabe,
um rasgo de ternura
no olhar...