DE PASSAGEM

Um lugar distante, pequeno,
Uma misteriosa montanha,
Um clima ameno,
Uma simplicidade tamanha,
Estampada nos moradores,
Gestos acolhedores,
Entre, sinta-se em casa,
Confesso que deu vontade,
De recolher minhas asas,
E ficar ali, naquele pedacinho,
De Minas Gerais,
Onde o tempo passa lentamente,
O ar  circurla imaculado,
Onde um é pelo outro,
Todos se sentem iguais,
Confesso que fui tocado,
Pelas coisas do interior,
Pelo transparente amor,
Que flui daquela cidade,
Pelo jeito daquela gente.
Mas, retomei o meu caminho,
Com um aperto no peito,
Sou bicho solto,
Sou urbano demais,
Para viver desse jeito.