Rebelião
Nada poderia acalmar
Ninguém poderia deter
A rebelião que se formava
Dentro da moça de rosto sereno
Ninguém conseguia notar
Ninguém poderia prever
As mudanças que estavam por vir
Motivadas pela raiva
Ela já não conseguia aguentar
Fingir satisfação ao viver
Coisas com as quais discordava
Mas que a ela eram impostas
Não a deixavam falar
Não tentavam entender
Ofendiam e acusavam
Sem saber de absolutamente nada
Para tudo havia censura
Desde roupa até músicas e livros
O livre-arbítrio lhe fora tomando
Até ter meios de se libertar
Vivia em prisão domiciliar
Sob regime ditatorial
Não tinha direito a ter opiniões
Deveria aceitar a manipulação
Mas agora nada poderia acalmar
Ninguém poderia deter
A rebelião