PUNHAIS
Tenho tantos pássaros na minha mão
Que me falta o espaço necessário
Levantando voos em segundos sonoros
Em seus celeiros avistam os montes
Como se fossem visionários universais
São realmente calmos, estáticos
Teorizam e arrefecem em seus altos brados
Compõem cânticos tão densos que não sabem onde se encontram agora
No ninho, pequenos rolam em suas capas
Sob o universo conferem o tempo, registrado em cada face sedenta
Rememoram os aspectos mais macabros
Das suas vãs moradas
Nada acontece aqui dentro
Parece cada canto tão imenso
Que me aparto da história
Tão repetitiva e escassa
Estranha, devassa
Como teu sorriso único, agora
Estou completamente inebriada
Sei a minha hora de cortar o teu afago
Iniciando neste instante um novo olhar!
Composto em 12-08-1999