Coruja

A rua deserta, a madrugada.

Um tempo perdido no vácuo deserto.

A névoa surge por entre troncos de arvores no canteiro central.

Assim se permite existir, na fria nevoa da madrugada.

A rua é absorvida pela paisagem que parece não existir.

A rua parece deixar de existir.

Tudo parece fugir no instante que vejo a nevoa surgir.

Mas não! Algo surge diante de todo espaço frio e vazio.

Num relapso instante, a coruja voa com asas umedecidas e cores neutras.

Um voo solitário, preciso, de caça.

Magia, imagem, domínio.

A ave noturna em vigilância e supremacia é dona.

Dona da noite fria e da rua vazia.

Soberana da noite.

Olhos arregalados, vigilante.

O que ela viu ninguém vê.

Traz mensagem pra mim e você.

Eco noturno revelação.

Verdades invisíveis.

jrobertomxnomvm
Enviado por jrobertomxnomvm em 03/01/2013
Código do texto: T4065696
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